O processo de suporte à vida por meio da respiração artificial realizada nas UTIs, principalmente em casos extremos de insuficiência respiratória, tornou-se rotina em diversos hospitais no início da pandemia. As informações sobre o funcionamento dos tipos de ventilação mecânica, tornaram-se cada vez mais comuns entre a população e, por isso, houve a necessidade de aprofundar ainda mais o tema.
Ainda assim, um dos assuntos que mais gera dúvidas, é a diferença entre os principais processos de ventilação mecânica.
Pensando nisso, trouxemos neste texto, todos os detalhes da aplicação e finalidade dos principais tipos de ventilação mecânica, explorando as recomendações para cada situação.
Quer entender melhor sobre esse método de suporte a vida, primordial para UTIs e demais áreas que prestam atendimento emergencial para situações de insuficiência respiratória?
Continue a leitura e tire todas as suas dúvidas!
O que é ventilação mecânica?
Antes de entendermos as variações desse método tão importante, é preciso recapitular o funcionamento, finalidade e procedimentos de segurança envolvendo o tratamento.
A ventilação mecânica (VM), é um processo de suporte para o tratamento de pacientes que passam por crises de insuficiência respiratória. Por esse motivo, não conseguem exercer sozinhos o funcionamento pleno dos pulmões, exigindo intervenção médica para essa tarefa.
Nestes casos, a aplicação do tratamento, torna-se essencial para ampliar as chances de sobrevivência do paciente.
O sistema de ventilação artificial, age substituindo o funcionamento pulmonar, assegurando que órgão exerça sua função de distribuição do oxigênio pelo corpo. Dessa forma, o paciente pode repousar e se recuperar mais rapidamente.
Porém, apesar de ser utilizado em larga escala, principalmente, nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), o procedimento apresenta diversos riscos. Por isso, é preciso estabelecer medidas de segurança para a realização do processo de ventilação mecânica, tais como:
- Utilização de filtros especiais para garantir a segurança do paciente;
- Qualificação da equipe responsável pela intubação e monitoramento do paciente;
- Esterilização do ambiente;
- Entre outros meios para assegurar a recuperação plena do paciente.
Conheça os tipos de ventilação mecânica
Primeiramente, é preciso estabelecer que a ventilação mecânica (VM), pode variar em suas formas de aplicação, dependendo dos casos em que são aplicadas.
Por isso, é preciso entender os tipos de ventilação mecânica existentes, para associar a melhor solução aos casos envolvendo o seu paciente.
As características mais comuns, que podem diferenciar o procedimento, são:
Ventilação mecânica invasiva
O método de VM Invasiva, é constituído pela inserção do tubo traqueal no paciente, ampliando a área destinada à passagem de ar pelo sistema respiratório superior.
Dessa forma, pode ser aplicado de forma oral (orotraqueal), ou seja, a cânula é introduzida através da boca do paciente, ou através do processo de traqueostomia, onde é realizada uma incisão no pescoço para facilitar o acesso a traqueia.
Ventilação mecânica não-invasiva
Já o processo de ventilação mecânica, não exige a intubação do paciente. Por isso, é indicada em casos que apresentam menor gravidade.
O tratamento é feito através de uma máscara específica, que auxilia no aumento da concentração de oxigênio, facilitando a inalação do paciente.
Por não exigir intervenções mais severas, o procedimento não é indicado em casos de insuficiência respiratória aguda, obstruções das vias aéreas e situações com risco de transmissão de patógenos.
Tipos específicos de ventilação mecânica
Além dos termos que definem a aplicação do sistema de ventilação artificial, sendo eles invasivo ou não-invasivo, existem ainda, as especificações de funcionamento do aparelho e suas indicações.
Ademais, é preciso entender as nomenclaturas utilizadas para não se confundir durante a realização dos processos de intubação e monitoramento do tratamento do seu paciente.
Entre os tipos de ventilação mecânica, podemos citar:
Ventilação mandatória intermitente (VMC)
O processo de ventilação mecânica convencional, é, também, conhecido como: ventilação mandatória intermitente ou ventilação mecânica controlada.
O uso do adjetivo “controlada” indica que os critérios que determinam a inspiração e expiração do seu paciente, são definidos por uma configuração pré-definida pelo operador.
Assim como, a pressão e volume do sistema respiratório artificial, são definidos o fluxo de oxigênio, o tempo inspiratório e a frequência respiratória.
Uma das principais características desse tipo de ventilação mecânica, é a ausência de sincronia entre o funcionamento do equipamento e a respiração natural do paciente. Portanto, esse fato pode prejudicar sua recuperação plena do paciente, quando ele não recebe a devida atenção.
Porém, essa modalidade de ventilação mecânica, possibilita a respiração natural do paciente em alguns intervalos, com volume e frequência que ele quiser, fato que aumenta as chances de recuperação.
Ventilação assistida/controlada ou PTI
Ao contrário da VMC, a Ventilação assistida, ou PTI, possibilita a sincronia entre o funcionamento pulmonar do doente e a ação exercida pelo equipamento.
Ou seja, o sistema de ventilação mecânica, trabalha de acordo com as tentativas de inspiração e expiração do seu paciente, retardando alguns ciclos de funcionamento para alinhar-se com as necessidades do usuário.
Dessa forma, o equipamento respeita o ritmo exercido pelo enfermo e realiza a função pulmonar plena, quando não recebe retorno do paciente.
Ventilação mandatória intermitente e sincronizada (SIMV)
Já a ventilação mandatória intermitente e sincronizada, gera um ciclo ou pressão, previamente determinada pelo operador, ao menor sinal de esforço do paciente.
Assim, como o usuário pode realizar o processo de inspiração, exercendo pressão negativa junto às pressões médias, o esforço necessário é bem menor.
Desse modo, as chances de atrofia muscular são bem menores, facilitando o processo de retirada do equipamento e aumentando a chances de recuperação plena do funcionamento pulmonar.
Ventilação com suporte pressórico ou pressão de suporte (PSV ou PS)
Este tipo de ventilação mecânica, funciona como auxiliadora do processo natural de funcionamento pulmonar do seu paciente.
Dessa forma, o equipamento começa a exercer sua função ao menor sinal de esforço realizado pelo paciente para, seja ele, de pressão negativa (inspiração) ou fluxo (respiração).
Assim, o tratamento respeita a fisiologia respiratória do paciente, reduz a necessidade de esforços prejudiciais à sua recuperação e, ainda, determina o fluxo inspiratório e volume respiratório.
Porém, ao contrário das outras opções citadas neste texto, o tratamento de PVS, não possui sistema de back-up, que exerce o socorro imediato em caso de apneia, por exemplo.
Amplie a segurança dos seus pacientes com a GVS
Como já mencionamos, garantir a segurança dos pacientes durante o período de intubação, é essencial para a recuperação plena e sem sequela do seu estado de insuficiência respiratória.
Para isso, é essencial a aplicação de filtros especiais para assegurar a umidade adequada das vias aéreas, assim como, a ausência de componentes prejudiciais no circuito respiratório, tais como:
- Poeiras;
- Bactérias;
- Vírus;
- E demais microrganismos.
Desse modo, é possível evitar a entrada de componentes nocivos ao seu paciente no circuito respiratório e, também, o ressecamento de secreção, que pode resultar na obstrução da passagem do oxigênio.
Pensando nisso, a GVS conta com diversas opções, que podem te ajudar nessa tarefa tão importante. Atuamos na fabricação de filtros que se adaptam ao sistema de ventilação mecânica, fabricados com os mais rigorosos processos de análise de qualidade.
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Referências
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/tipos-de-ventilacao/34891#