Se você trabalha na área da saúde e tem alguma dúvida sobre como cuidar de um paciente traqueostomizado, siga lendo o nosso texto.
Hoje, vamos falar sobre o jeito certo de tratar quem está passando pelo procedimento e revelar cuidados fundamentais, que você precisa conhecer.
Então, continue a leitura e fique por dentro do assunto.
O que é a traqueostomia?
Primeiramente, a traqueostomia é o procedimento indicado quando existe acúmulo de secreção traqueal, problemas que prejudicam a musculatura respiratória ou para promover uma via aérea estável, para quem está internado com intubação prolongada.
Assim, a cirurgia abre a parede anterior da traqueia, permitindo uma comunicação com o meio externo e possibilitando melhorias na respiração do paciente.
Ou seja, com o procedimento, é possível facilitar a entrada de ar nos pulmões e proporcionar mais conforto.
De acordo com especialistas, a traqueostomia, que é uma alternativa segura de garantir a respiração por algum meio que não seja a via aérea, é dividida por variadas finalidades, como: preventiva, curativa e paliativa.
Entre os maiores objetivos de sua realização estão:
- Liberação de obstrução das vias aéreas;
- Permitir a ventilação mecânica;
- Oferecer higiene brônquica.
Para realizar o procedimento, é feita uma incisão na traqueia, onde é inserida uma cânula, que abre um canal para passagem do ar.
Desse modo, a escolha da cânula, que pode ser plástica ou metálica, é realizada antes da cirurgia. Para tomar a decisão certa, o médico analisa a necessidade de cada caso.
Aliás, publicamos recentemente um texto em nosso blog explicando um pouco mais sobre a traqueostomia e suas principais indicações.
Além disso, no conteúdo que você pode ler clicando aqui, revelamos quais fatores merecem atenção durante o processo cirúrgico. Leia agora mesmo e tire suas dúvidas!
Cuidados essenciais com paciente traqueostomizado
Conforme citamos acima, a traqueostomia é um procedimento cirúrgico delicado.
De fato, ele oferece muitas vantagens quando realizado com técnicas adequadas e por profissionais especializados.
Inclusive, em comparação com a intubação orotraqueal, o procedimento apresenta muitos benefícios, já que torna a alimentação e a higiene brônquica do paciente mais fácil, assim como, aumenta as chances do retorno precoce da fala e de outras funções.
Mas, é importante destacar que ele pode, tanto ser provisório, quanto durar por toda a vida.
Portanto, neste caso, alguns cuidados são essenciais para manter o conforto do paciente traqueostomizado e evitar complicações graves, como infecções, por exemplo. Confira os principais a seguir!
Limpeza da cânula
Primeiramente, para eliminar o risco de alguns problemas, é indispensável manter a cânula sempre limpa e livre de secreções.
Todavia, é preciso seguir algumas recomendações essenciais como:
- Usar luvas limpas;
- Retirar a cânula inferior e colocá-la em um utensílio contendo água e sabão por cerca de 5 minutos;
- Aspirar o lado interior do item externo ou injetar 2 ml de soro fisiológico para retirar as secreções acumuladas;
- Inserir a cânula interior limpa e esterilizada;
- Esfregar a cânula suja e colocá-la em água fervente por aproximadamente 10 minutos. Depois de realizar a ação, o indicado é secar o material com compressas esterilizadas e guardá-lo em um local desinfectado com álcool, para utilizar na próxima troca.
Mas, vale lembrar que a cânula exterior do paciente traqueostomizado deve ser trocada apenas por profissionais especializados. Pois, existe um grande risco de asfixia quando o processo é realizado em casa.
Portanto, o recomendado é que o paciente vá até o hospital ao menos uma vez por semana para realizar a substituição do item.
Aspiração adequada
Sem dúvida, a aspiração é outro processo muito importante no paciente traqueostomizado. A ação deve ser realizada após avaliação das características respiratórias da pessoa que passou pela traqueostomia e não de acordo com horários prescritos.
Ou seja, ela precisa ser feita quando o paciente apresenta dificuldades para eliminar as secreções.
O objetivo da aspiração é manter a via aérea limpa e melhorar as condições da respiração.
Para realizá-la, o ideal é posicionar o paciente adequadamente e utilizar EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), como máscara, luvas e óculos.
Dessa forma, é preciso calcular a extensão da sonda de aspiração, que deve ser introduzida de 8 a 10 cm, para estimular a tosse.
De acordo com especialistas, é preciso aspirar primeiro a traqueostomia e depois as vias aéreas superiores, caso haja necessidade.
Atenção aos detalhes
Por fim, para garantir o conforto do paciente traqueostomizado, é fundamental ficar de olho nos sinais.
Então, caso observe que o local da traqueostomia esteja vermelho ou inchado, é preciso informar o médico, já que as características podem representar uma infecção.
Além disso, outros sintomas indicam a necessidade de pedir ajuda médica, como:
- Entupimento da cânula externa por secreções ou saída acidental do item;
- Expectoração com sangue;
- Falta de ar persistente, mesmo após a limpeza da cânula interior.
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