A utilização de Equipamentos de Proteção Respiratória (EPRs) devem sempre vir acompanhados de meios para assegurar a sua eficiência, por exemplo, a verificação da vedação.
Isso porque, esses métodos auxiliam na garantia do bom funcionamento dos equipamentos.
Pensando nisso, é preciso entender o que diz o Programa de Proteção Respiratória (PPR), emitido pela Fundacentro, sobre as técnicas para garantir a segurança do colaborador.
Em seu 10° anexo, o PPR estabelece as recomendações para a verificação da vedação dos EPRs, com base na qualidade da atmosfera em que o trabalhador atuará.
Além disso, o programa define as regras para a escolha dos respiradores e máscaras que se encaixam melhor ao rosto do usuário.
Assim como, auxiliam na constatação da sua eficiência, nas mais variadas situações e ambientes.
Saiba tudo sobre a realização desse procedimento e descubra como aumentar a segurança no seu ambiente de trabalho, acompanhando a leitura!
Verificação da vedação dos Equipamentos de Proteção Respiratória
Como dito anteriormente, sabemos que a utilização de equipamentos de proteção em ambientes que apresentam riscos para o profissional é de extrema importância.
Porém, é preciso estar atento à eficiência do Programa de Proteção estabelecido, para que, por meio de seus resultados, seja possível implementar melhorias constantes.
Com isso em mente, o PPR estabelecida pela Fundacentro, informa sobre as recomendações para constatação da eficiência de EPRs que necessitem de vedação facial.
Dessa forma, por meio de testes de pressão positiva e/ou negativa, é possível proporcionar um ambiente mais seguro para os funcionários.
Além do mais, por meio do teste e verificação da vedação, podemos definir a necessidade de mudanças no Programa de Proteção Respiratória e, dessa forma, sempre proporcionar um ambiente mais seguro.
Mas, você sabe a diferença entre o teste e a verificação de vedação?
Teste de vedação x Verificação de vedação
Isso mesmo! Apesar de se referirem à mesma coisa, existem diferenças quanto a realização dos dois procedimentos.
Primeiramente, o teste de vedação, ou ensaio de vedação, tem como objetivo determinar se o respirador escolhido para a ocasião vai, de fato, se ajustar ao rosto do usuário
Assim, define-se, se o equipamento proverá a vedação necessária a ele, assim como, quantifica as partículas presentes no ambiente, fora e dentro da máscara.
Além disso, o teste pode ser feito através do método qualitativo que, ao contrário do quantitativo, utiliza soluções, como: sacarina, Bitrex e fumos irritantes, para constatar reações do usuário e definir a eficiência da vedação.
Já a verificação, ao contrário do teste, é feita todas as vezes em que o profissional adentra a área de risco, para assegurar a vedação do equipamento.
Da mesma forma, em casos de ajustes da máscara ou respirador, é preciso realizar verificações de imediato. Assim, caso constatado irregularidade, o profissional é retirado com urgência do ambiente.
É de extrema importância lembrar que, essa verificação não substitui o teste de vedação. Pois, não estabelece qual o equipamento ideal para o profissional e em quais ambientes e situações ele apresenta eficácia.
Assim como, deve-se restringir a entrada de funcionários em áreas de risco, que não tenham passado pela verificação da vedação do equipamento de proteção.
Teste de pressão negativa
Esse procedimento, indicado para dispositivos que apresentam válvulas em sua construção, é de extrema importância para verificar a adequação ao rosto do usuário.
Por meio do bloqueio das saídas e ou entradas de ar, o usuário deve prender a respiração e, assim, é possível observar se o equipamento se fixa no rosto do profissional.
Nos casos em que o equipamento se fixa, o profissional pode realizar as atividades com segurança. Pois, foi constatado sua eficácia.
Já nos casos em que, o equipamento não se prende ao rosto, no momento em que o profissional prende a respiração, é preciso reajustar o equipamento e realizar a verificação novamente.
Lembrando que a força exercida nas mangueiras e válvulas do equipamento, devem ser administradas com cuidado durante o bloqueio da passagem do ar.
Assim, evita-se o rompimento ou danos nos componentes que compõem o equipamento.
Além disso, durante o reajuste, caso seja necessário, é preciso evitar a tensão exagerada nos tirantes que prendem o equipamento, assim como, redobrar a atenção ao encaixe no osso nasal e no queixo.
Teste de pressão positiva
Ao contrário da primeira opção, o teste de pressão positiva é praticamente impossível de ser realizado em equipamentos de proteção respiratória que não apresentam válvulas de inalação e exalação.
Porém, nos casos a que é destinado, o teste apresenta eficiência na constatação de vedação entre o dispositivo e o rosto do usuário.
Dessa forma, é preciso, assim como o anterior, exercer certa pressão sobre as válvulas de exalação. Enquanto isso, o usuário deve exalar suavemente.
O procedimento deve ser feito, até o momento em que o profissional sinta uma leve pressão no interior do equipamento e não perceba mais, a passagem do ar pelas laterais do equipamento.
Quando a pressão dentro do Equipamento de Proteção Respiratória aumentar, é constatado a eficiência do dispositivo.
Caso o profissional note a vazão de ar pelas laterais do equipamento e/ou não perceba o aumento de pressão em seu interior, é necessário ajustar o equipamento e realizar o teste novamente.
Porém, é preciso atentar-se à pressão exercida nos tirantes do EPR, para que não comprometa ainda mais a vedação.
Além disso, em alguns casos, é preciso remover a cobertura da válvula de exalação, para um bloqueio mais efetivo. Essa ação, quando realizada sem os cuidados necessários pode danificar o equipamento.
Por isso, é preciso realizar esse teste com extremo cuidado, para que as características positivas de vedação do equipamento, não sejam alteradas.
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