Para entender a importância do filtro de carvão ativado, é necessário observar o desenvolvimento do seu uso no decorrer da história.
O carvão é usado desde o Egito antigo para conservação e redução dos componentes necessários na fabricação do bronze. Desde então, seu uso vem sendo desenvolvido para outras formas de aproveitar suas características.
Além disso, o carvão em processos de desintoxicação já era implementado por povos antigos e comprovado posteriormente.
Ademais, sua primeira experimentação pública foi realizada por Gabriel Bertrand, farmacêutico francês do século XIX.
Atualmente, esse uso é explorado pela indústria em máscaras com filtro de carvão ativado e na filtragem de água.
Se interessou pelo assunto? Então, continue a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre o uso desse componente!
Afinal, como surgiu o carvão ativado?
O seu uso remete à antiguidade, antes de Cristo, quando povos antigos, como sumérios e egípcios, já faziam uso do carvão vegetal na conservação de diferentes materiais e no uso medicinal.
E posteriormente, perpetuado pelos indígenas norte-americanos que exploraram sua utilização em intoxicações causadas por veneno, durante o século XIX, ao mesmo tempo em que era realizada sua primeira demonstração pública pelo francês Gabriel Bertrand que ingeriu 5g de trióxido de arsênico, quantidade suficiente para causar a morte de 150 homens.
O farmacêutico, não apresentou sintomas ao ingerir o composto, comprovando a eficácia do carvão ativado na absorção de toxinas.
Igualmente, esse tipo de teste foi realizado posteriormente por outros pesquisadores, por exemplo, Touery, que dessa vez usou 1g de estricnina, 20 vezes sua dose mortal, junto a 15g de carvão ativado, para comprovar sua eficácia na absorção do componente nocivo.
Dessa forma, Touery fez o experimento em frente à academia francesa de medicina, comprovando a eficácia do carvão ativado na desintoxicação.
Qual a diferença do carvão ativado e o carvão e o carvão tradicional?
Apesar de ser comum encontrarmos carvão nos mais variados estabelecimentos, nem todos podem ser utilizados para a fabricação do carvão ativado.
Afinal, por se tratar de um material mais poroso, existem ingredientes específicos para a fabricação desse componente de origem vegetal.
Por outro lado, o carvão tradicional, utilizado na churrasqueira, tem sua matéria-prima constituída por lenha de madeira que, geralmente, são materiais mais duros e não geram a porosidade necessária para a ação eficaz do carvão ativado, nas situações que já citamos.
Em contrapartida, o carvão ativado, é proveniente da queima de lascas de madeira de pinus e acácia, cascas de coco, ossos de animais e da cortiça, que é o nome dado à casca do Sobreiro, uma árvore cultivada no sul da Europa.
O uso do carvão ativado
Como já constatamos, o carvão ativado pode ser usado na filtragem de gases e líquidos e, em casos de intoxicação.
Em outras palavras, por meio dos poros que se formam entre os átomos de carbono presentes no carvão, é realizada a absorção de componentes nocivos.
Por isso, o carvão ativado possui ação clarificante, desodorizante e permite um grande efeito de purificação.
Aplicação em máscaras
Nas máscaras de proteção, que utilizam filtro de carvão ativado, não é muito diferente. Os filtros que possuem o carvão ativado realizam a absorção de componentes nocivos, procedentes de trabalhos com materiais químicos e orgânicos, ou seja, vapores de materiais orgânicos e odores em baixa concentração.
Filtração de água
O uso desse componente é muito comum em sistemas de filtragem, tanto em sistema rudimentares e caseiros, quanto em métodos mais modernos e tecnológicos. O carvão ativado age da mesma maneira, por exemplo, absorvendo impurezas e contribuindo com a clarificação e remoção de componentes que causam mau cheiro na água.
Periodicidade de troca
Um fator a ser considerado no momento de estabelecer o uso de filtro de carvão ativado em sua empresa, é a manutenção e troca periódica dos dispositivos, ou seja, manter os equipamentos funcionando de forma correta e garantir que o filtro seja substituído quando necessário.
Já que, ele age absorvendo as toxinas e impurezas, o acumulo desses materiais no filtro de carvão ativado é esperado.
Portanto, a troca em caso de filtração de água, deve ser realizada a cada 6 meses. Já no caso das máscaras, tudo depende de seu uso, mas, o ideal é que seja feita a substituição dos filtros a cada 30 dias ou, em casos de ambientes com alta contaminação, a cada 2 semanas.
Mas, como realizar o descarte do filtro de carvão ativado?
Um conceito que vem se tornando muito comum, tanto em ambientes corporativos quanto nas residências, é a conscientização ambiental.
Pensando nisso, o descarte correto dos filtros que utilizam como base o carvão ativado não pode ficar de fora. Pois, já se tornou parte inerente no processo de utilização do equipamento.
Afinal, a dúvida de como descartar de maneira consciente o seu filtro ou máscara no momento da troca, pode surgir e deve ser destacada no processo de utilização de acessórios como esse.
Sendo assim, é preciso entender a classificação de resíduos sólidos de acordo com a ABNT e a periculosidade que oferecem ao ambiente para realizar o descarte correto. Entre elas estão:
Classe I: perigosos
Esses resíduos necessitam de uma atenção especial quanto ao seu manuseio e descarte, por apresentarem risco à saúde e ao meio ambiente.
Afinal esses tipos de resíduos podem ser inflamáveis, corrosivos e apresentam tendência à reatividade em contato com outros resíduos.
Classe II: não perigosos
Em contrapartida, existem os resíduos classificados como não perigosos, que não apresentam as mesmas ameaças que a primeira classe, mas, devem receber atenção por conta de sua solubilidade, combustibilidade e biodegradabilidade.
Ou seja, podem se misturar facilmente com o local onde são descartados e, por isso, pode prejudicar o meio ambiente.
Classe II A (não inertes)
Uma subclassificação pertencente a Classe II, a Classe II A, é composta pelo grupo de resíduos que, em contato com o ambiente em que são inseridos, podem gerar reações, por exemplo, gesso e água.
Classe II B (inertes)
Outra subclassificação da Classe II, responsável pela divisão dos resíduos que não apresentam periculosidade e não manifestam reação ao entrar em contato com o ambiente em que é descartado.
Purificadores de água
O carvão ativado, de acordo com a Norma Brasileira da ABNT (NBR10004) recebe classificação Classe II A: Não inertes, ou seja, não apresentam riscos tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou patogênicos.
Sendo assim, em alguns casos, como o de purificadores de água, podem ser descartados em lixo reciclável, por se tratar de um componente composto por plástico.
Máscaras de proteção
Antes de tudo, aqui o cuidado é um pouco maior, por se tratar de um composto que absorve toxinas e impurezas. Dependendo do material e ambiente para qual é dedicado o seu uso, a forma de descarte pode variar.
Sabendo disso, deve-se analisar em qual das classificações o componente para a máscara à qual ele era destinado se encaixa, para definir a melhor forma de descartá-la.
Em situações como, manuseio de componentes biológicos ou químicos, existem os lixos específicos para realizar o seu descarte.
Já, para o manuseio de materiais que geram resíduos pertencentes a Classe II, deve ser estudada a reação do material em diversos ambientes, para descobrir se pode ser descartado em lixo comum ou especifico.
Agora que você sabe sobre mais o uso do carvão ativado nos seus diferentes tipos de filtragem, acompanhe nosso blog, para ver outras matérias como essa!
